O novo normal, se é que podemos utilizar o termo “novo” para algo que se estende a meses e se tornou parte de nossa rotina, trouxe uma série de mudanças em relação ao dia a dia das pessoas relacionadas ao uso do tempo, a interação uns com os outros, as necessidades no âmbito pessoal e familiar, dentre outras.

Essas mudanças não se deram apenas no âmbito pessoal dos indivíduos e das famílias, mas também nas empresas que, em um curto espaço de tempo, sofreram uma transformação no âmbito estrutural, tecnológico e, até mesmo, em seus produtos e serviços; e, isso foi facilmente visto, por exemplo, no restaurante que, antes relutante, precisou se curvar aos serviços delivery, ou as empresas mais tradicionais que foram obrigadas a adotar o home office para a continuidade dos trabalhos.

Mas, como alterar um modelo empresarial de forma tão rápida? Será a tecnologia a ferramenta imprescindível para isso?

Não há dúvida de que a tecnologia foi primordial para que as empresas viabilizassem essa alteração; contudo, o que realmente foi essencial para que essa transformação ocorresse de forma eficaz foi o fortalecimento da CULTURA empresarial.

Para melhor ilustrar, citamos a história do Banco Barings, uma das instituições financeiras mais antigas da Inglaterra criada em 1762 e que contava com clientes como a rainha Elizabeth II. Em 1995, o funcionário Nick Leeson, sozinho, quebrou o banco com uma especulação primária em contratos futuros. E o que esse exemplo diz respeito da cultura empresarial?

O Banco Barings quebrou porque ele não tinha uma cultura definida, ou seja, as pessoas não sabiam de forma clara os valores e os princípios da instituição; era cada um por si e esse ambiente individualista acarretou a ruptura do banco.

As empresas que possuem cultura e valores bem definidos propiciam maior engajamento entre as pessoas, diversidade, incentivo à participação, debate e, principalmente, a comunicação em todas as direções, gerando, por consequência, o crescimento e a perpetuação dos negócios, o que acaba refletindo não apenas nos colaboradores, mas também nos consumidores, prestadores de serviços, dentre outros; e, exatamente por isso, foram essas companhias que melhor se adaptaram as alterações repentinas em razão da pandemia causada pelo COVID.

Você sabe qual a cultura e os valores da empresa em que trabalha? Se a resposta for não, pense, pois ainda dá tempo de não se tornar o Banco Barings. Basta começar!

Por: Caroline Moura Maffra

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